Autonomia

            Autonomia é um conceito encontrado na moral, na política e na filosofia, que representa a capacidade de um indivíduo racional de tomar decisões não forçadas e baseadas em suas informações disponíveis, nós professores temos uma importante missão: formar alunos autônomos, com capacidade de usar seu senso crítico para contribuir de modo positivo e construtivo dentro da sociedade em que vivem. Mas para promover essa “educação autônoma” é preciso que o professor também pleiteie e desenvolva sua autonomia em sala de aula.
          Será que nós educadores e formadores de consciência estamos construindo sujeitos curiosos e autônomos, ou estamos dando pouca importância para capacidade de refletir, tanto dos alunos quanto a nossa????
           Pare um pouco e reflita sobre sua atuação pedagógica. Se você conseguiu perceber ações que favorecem a compreensão, a tolerância, a empatia, o incentivo a formação de alunos pensadores, curiosos, questionadores, e ainda que trabalhe com valores formativos da personalidade e de caráter, então você está no caminho certo para a educação autônoma
            Agora pense em você como educador e suas possibilidades dentro da Escola na qual trabalha. Você consegue atuar caminhando junto com o educando, mediando as situações, adaptando suas propostas de acordo com as novas demandas, tendo os espaços e o tempo que julga disponibilizar para tal desenvolvimento em aula? É a partir da educação que formaremos sujeitos críticos, libertos, autônomos e capazes de formarem sujeitos mais humanos, capazes de acolher o diferente, pois é na diferença que a autonomia acontece.
         Sabemos que a criança adquire o conhecimento ao construí-lo a partir de seu interior, ao invés de internalizá-lo diretamente de meio ambiente. O professor em sala de aula deve estabelecer um vínculo de mediador e assim, pouco a pouco, despertar a autonomia em seus educandos.
         É importante desenvolvermos nos alunos tanto a autonomia moral, que refere-se a capacidade de discernimento entre bem e mal, certo e errado, quanto a autonomia intelectual, que desenvolve a capacidade do indivíduo de ter sua própria maneira de pensar, que não necessariamente será igual ao que ensinam a ele.
       Diante dos desafios  que enfrento no meu  dia a dia em minha  Escola e em minha  sala de aula, nem sempre consigo  e manter uma atitude crítica. Porém, quando temos  essa clareza em relação a que tipos de pessoas queremos formar e que tipo de sociedade almejamos construir, ter uma postura mais crítica e trabalhar pela educação autônoma torna-se menos difícil.  
       A autonomia se dá quando a criança é capaz de interagir, estabelecer relações cooperativas, falar, expressar e sair do seu egocentrismo, desenvolvendo sua capacidade de estabelecer relações e chegar a conclusões a partir de seus conhecimentos prévios e das relações feitas a partir das novas informações e interações.
      É importante relembrar a estreita relação do tempo e espaço com o ensino e a aprendizagem. O tempo deve ser considerado além do seu conceito de determinação de períodos. É importante gerenciar e conciliar o tempo de aprendizagem dos alunos respeitando suas individualidades para que suas interações com as diferentes formas de comunicação e de aproximação com a realidade sejam significativas em suas construções de conhecimentos.
       A relação que o adulto estabelece com as crianças podem ajudá-las a se tornarem moralmente e intelectualmente mais ativas e autônomas. Por isso, a relação estabelecida entre professor e educando deve ser de respeito mútuo. E o respeito mútuo só ocorre quando não existe uma relação de poder que gera a necessidade de uns obedecerem a outro que detém a autonomia sobre os subordinados.
      Sempre procuro  respeitar a liberdade do aluno e dar a cada um deles  a chance de escolher, encorajando-o a pensar de modo autônomo e ativamente, deixando as curiosidades se manifestarem em sala de aula, sem medo dos questionamentos (que muitos professores acabam considerando como afrontas dos alunos).

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