o sentimento de pertencer ao espaço escolar

A escola apresenta-se como rica fonte de estudos pelo seu papel social e, ao mesmo tempo, por constituir-se um meio ambiente complexo no qual seus diversos atores e o meio físico interagem e estendem-se além da organização para o sistema global. Pretende-se aqui uma análise da inserção dos alunos no ambiente escolar que nos auxilie a compreender a relação entre o sentimento de pertencimento à escola.
Estamos ligados a todo o mundo de coisas animadas e inanimadas. Somos parte delas e elas são parte de nós.
Me sinto   parte da Escola e a escola faz  parte de mim, afinal, o espaço de tempo que permaneço  nela me representa uma parcela bastante significativa do meu dia e, por conseqüência, de nossas vidas. Os laços de amizade que fiz  no ambiente escolar às vezes duram uma vida inteira mas mesmo os efêmeros deixam lembranças e marcas profundas. outros seres somos, portanto, constituídos por nossas relações. 
“As relações sociais que se estabelecem na escola, na família, no trabalho ou na comunidade possibilitam que o indivíduo tenha uma percepção crítica de si e da sociedade, podendo, assim, entender sua posição e inserção social e construir a base de respeitabilidade para com o próximo.”
“Ao tomar, por exemplo, o mundo natural como um bem em si, independente de sua utilidade imediata para os humanos, a EA está, de certo modo, trazendo a relação com os seres não humanos para a cena educativa, tornando essa relação educadora”.

Durante os 3 anos de atuação como educadora e de observação participativa no cotidiano de  crianças ,jovens e adolescentes, no tempo em que estes estavam na escola, por vezes deparei-me com a sensação de que  nós, educadores, víamos como essencial era, na verdade, complementar. 
Em minhas observações sobre o papel da comunidade na escola constatei que a maioria das escolas não está aberta à comunidade, aos seus reais anseios e necessidades, não vê o indivíduo como um todo e não o reconhece como cidadão crítico.
“(...) algo que se constrói permanentemente, que não possui origem divina ou natural, nem é fornecida por governantes, mas se constitui ao dar significado ao pertencimento do indivíduo a uma sociedade, em cada fase histórica.”
O ambiente escolar convive com situações agressivas expressas de formas diversas e entre os mais variados membros do corpo escolar. Por vezes, essa violência atinge pessoas e, outras vezes, o próprio patrimônio escolar. Em ambos os casos as vítimas mais freqüentes são os próprios estudantes.
Parece que quanto mais simplificadas são as relações entre os atores do processo educativo, menor o envolvimento entre eles, maior o descompromisso e, por conseqüente, maior a impossibilidade de desenvolver um sentimento de pertença.
A educação, seja ela ambiental, emancipatória ou qualquer outro título que venha a receber, no desenrolar da história Contemporânea, sempre esteve envolvida com as questões sociais urgentes, sendo muitas vezes considerada a única maneira de responder tais questões.
“Se a educação é um subsistema social sem vida autônoma, mas subordinado a um contexto sócio-histórico mais amplo, precisamos compreender o contexto no qual ela se insere para podermos identificar as forças políticas, culturais e filosóficas que orientam seu processo presente e condicionam seu perfil futuro.” Lima (2002:121).

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